terça-feira, 1 de junho de 2010

Crise política afasta fornecedores de Mariana


Por Gabriel Sales
(2º. período Jornalismo)

Em mesa redonda realizada na noite de quarta-feira (26), no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) da Universidade Federal de Ouro Preto, em Mariana, que teve como tema “Crise política em Mariana: suas causas e as consequências para o município”, o vereador Juliano Duarte e o procurador jurídico do município Israel Quirino abordaram diversos problemas causados pela crise política que paira sobre a Prefeitura de Mariana, desde 2008.


Um exemplo é que a cidade corre o risco de ficar sem o fornecimento de materiais importantes. “O fornecedor não quer fornecer medicamentos por temer não receber depois”, exemplifica o procurador, para quem isso ocorre porque a crise política levou à perda de credibilidade e confiança do município. “Temos recursos em caixa, temos pessoal para trabalhar, mas temos dificuldade em conseguir os fornecedores”, disse.


Outro são os recursos públicos aprovados para a realização de obras, que não foram executadas. “Pelo menos 90% das obras públicas estão paradas”, afirmou o vereador Juliano Duarte. Uma delas, a ponte da Chácara, obra considerada emergencial. O município, que possui uma arrecadação anual de R$ 150 milhões (uma das maiores de Minas Gerais), está engessado em função da instabilidade política, com as constantes trocas de chefe do Executivo.


Mais um problema enfrentado é a perda de recursos que ou já foram repassados ou sequer chegarão por falta de continuidade na chefia do Governo municipal. Um exemplo é a verba de R$ 180 mil destinada pela Secretaria de Estado da Saúde para o município de Mariana construir um laboratório voltado a exames de leishmaniose canina – doença que já foi registrada na cidade. Segundo o procurador Israel Quirino, como o recurso não foi executado, o município vai perder essa verba em julho.

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